29.1.07
Mete o transístor no on, pá,
Que os men ‘tão no ar.

104.3 FM, em Lisboa
59.5 FM, no Porto
106.1 FM, em Faro

Os dias da rádio voltaram.
 
post(o) por MF às 20:14
28.1.07

Work ourselves, fingers to the bone
Suck the marrow, drain my soul
Pay your dues, and your debts
Pay your respects, everybody tells you
You pay for what you get

Everybody asks me how she's doin'
Has she really lost her mind?
I said, I couldn't tell you
I've lost mine

Words, words, words, have you heard
A bird in hand is much better than,
Any number free to wander
Fly away... Stay
You pay for what you get

Everybody asks me how she's doing
Is she really all she says...
Everybody asks me how she's doing
Since she went away
I said I couldn't tell you
I'm OK I'm OK

Surprise, surprise
You pay for what you get

Pay for what you get, Dave Matthews Band [ prima para ouvir ]


DMB no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, a 25 de Maio.
Vamos lotar aquilo para que eles regressem quanto antes!
 
post(o) por MF às 23:42
27.1.07
Não era de talhadas de melancia mas era talhado pela melancolia.
 
post(o) por MF às 17:13
26.1.07
O simples conceito é surreal: um portal online sobre o paradeiro de mortos famosos. Existe. É virtual. É sobre quem deixou de ser.

http://www.findagrave.com

Sabia que Eça de Queirós está sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa? E que Ella Fitzgerald jaz no Cemitério de Inglewood, em Los Angeles, nos Estados Unidos? Sabia que Leonardo da Vinci descansa no Castelo de Amboise, em França? Eu não. Passei a saber.

Está lá tudo. É uma espécie de páginas amarelas electrónicas de defuntos. Também vai pelos seus dedos, mais umas quantas teclas.

Sei que há peregrinações à campa de Jim Morrisson, em Paris. Também há excursões ao cemitério de Santa Comba Dão, para Salazar. Fazendo as contas, lembrei-me que o ramo do turismo do outro mundo, embora esteja pela hora da morte, é inédito. Com a ajuda do findagrave.com bastar-me-ia criar uns pacotes de férias, com hotel, pequeno-almoço, sauna, e excursão naqueles pequenos comboios de veraneio, por um ou outro cemitério. “Mortinho por descansar a todos os níveis?”, assim a quente, parece-me um óptimo slogan.

E porque é que o além não cria um serviço telefónico, complementar ao findagrave.com?

- Rê e Pê Comunicações, bom dia, em que posso ser útil?
- Bom dia. Gostava de saber o número da campa de Fulano Beltrano (nome fictício).
- Número da campa… de Fulano… Bel… Trano… Qual é a morada, por favor?
- Hum, boa pergunta… Acho que está no Cemitério de Alto de São João.
- … Não tenho qualquer registo com esse nome. Próxima informação, por favor.
- Homessa! É que estou a encomendar flores e não sei para onde as enviar. Faça, antes, uma busca pelo nome da esposa: Fulana Beltrano (nome fictício).
- Busca por… Ful… Ana… Beltrano… Existe um registo mas é confidencial.
- Ó diacho!
- Próxima informação, por favor.
- É tudo… É tudo… Obrigado…
- Rê e Pê Comunicações agradece o seu contacto. Bom dia”

Ou então, um serviço de contactos por telemóvel.

- Próxima informação, por favor.
- É tudo. É tudo.
- A Tê Emiene agradece o seu contacto. “Até já”.
- Nem Morto!
 
post(o) por MF às 17:52
25.1.07
O sonho de vida era deixar de imaginar coisas.
Chorou de frustração no seu funeral.
 
post(o) por MF às 17:27
24.1.07
Paris, França, 2004
© Marcos Fernandes

Sempre disse que o frio era psicológico.

Hoje, bate o dente mas não torce o braço.
Diz que está muito psicológico.

(prrrlam pxx)

 
post(o) por MF às 20:50
23.1.07
Não conseguiu casar amor com sexo.
Tinha a mulher da sua vida e uma mulher da vida.
 
post(o) por MF às 19:53
22.1.07
Coça o olho, trambolho, que tens um terçolho!

Foste pimpolho.
Hojé és zarolho.
 
post(o) por MF às 21:42
21.1.07
“Não há razão para que o bem não triunfe tantas vezes quanto o mal. O triunfo de algo é uma questão de organização. Se acaso existem anjos, espero que estejam organizados segundo as linhas da Máfia”.
Kurt Vennegut Jr, The Sirens of Titan
 
post(o) por MF às 12:54
20.1.07

Matinei ao sábado, com o balanço dos dias úteis. Ainda com um pé na indolência, foi a orelha a puxar-me aos poucos para a realidade. Escutava, em surdina, “aaAAiiii” e um cicio, “aaaaAAAiii” e um cicio. Era um “ai” carregado, à fadista. E a ladainha era repetida vezes sem conta. Soube-me desperto quando disse para comigo: “É sábado. Há praça aqui ao lado”…

Atentei nos rumorejos. Que vinham de uma feirante era ponto assente. Mas gritaria pela cueca bonita ou pela meinha da moda? Pelo queijinho de cabra ou pela chouriça alentejana? Pelo DVD da candonga ou pelo relógio Roldex? Apenas os “ais”, de dinâmica elevada, eram perceptíveis. Seriam estes para atrair clientela ou lamúrias pelo negócio fraco?

Imagino-me esta noite, num bar soturno, acanhado, e fumegante, entre copos e amigos, a ouvir a senhora da praça a cantar Barry White, acompanhada ao piano:

“aaaAAAI’ve heard people say that
aaaaAAAaiiii Too much of anything is not good for you, baby
aaaaaAAAAaaiii oooh nooooo


But aaaaaAAai don't know about that

There's many times that we've loved, ha, ha, haaii

We've shared love and made love
It doesn't seem to me like it's enough, ai

There's just not enough of it
Ai, ai, ai, there's just not enough

Oh, oh, babe, Ooohh, oohh, aaaii, aaii"

Uui! Que bom vai ser acordar tarde amanhã, no silêncio domingueiro.

 
post(o) por MF às 13:19
19.1.07
Era tão amador, mas tão amador, que não se revelava, nem tão pouco se expunha. Era demasiado sensível.
 
post(o) por MF às 19:53
18.1.07
Hyères, França, 1932
© Henri Cartier-Bresson / MAGNUM PHOTOS

A foto.
Alvissara-se quem tiver informações sobre Hyères.

 
post(o) por MF às 19:53
17.1.07
Diz que está na moda,
Diz que todos o dizem.

Diz que blá-blá-blá, diz que rebéu-béu-béu.

"Diz que sim.
Diz que disse".

Dito e feito. Dito efeito...

Mas evite diz-car! Prima!
Estamos em zerocentos, nova ronda, caramba!

Primo para que diga "caramba para quem diz que!"
 
post(o) por MF às 17:29
16.1.07
Na transformação nada se perde, nada se naturaliza, tudo se cria.
 
post(o) por MF às 21:44
15.1.07
Vamos ver o que saco para o blog.
 
post(o) por MF às 19:59