21.2.07
Apanhei-me desprevenido e pulei,
Que o conforto de partilhar alegrias e manias
É supremo.

“Noque”, noquei; “Posso?”, entrei.
Deu luz verde.
Assomei, intermitente,
Contraído, contra seu despudor,
Retraído, traído em ardor.

Se Amar é entrega, a dor da queda clamava cautela.

Mas…
Se…

Ornatos, os lábios,
Os olhos, sábios,
Petiz, o nariz.

Se ziguezagueiam melenas,
Ao apear-se no cachaço,
Saúdam glúteos austrais.
Desnorte. Lindos. Acho.

Que fazer?

E se o peito é coisa séria.
- P’ra levar a peito, sem drama!-,
Candura se o estudo, se o tanjo.
Sou amigo da mama.

Por fim, o duo de pernas, que tudo ostenta...
… Os encantos de quem as conheça…

Nada a fazer.

Rendido ao belo, a alma entranhou-se-me no pêlo:
Seduziu-me a cogitação,
A empatia até mais não,
O eu de ela que me alucina.

Cai.

Erguer?
Jamais!

(Acto II)

Quando a julguei saber de cor,
Tomava inabalável a reciprocidade em seu cor,
Disse-me “Andor! Vais desta p’ra melhor!”
 
post(o) por MF às 17:24